Bandeira LGBTQIA+

A importância das simbologias.


Na imagem abaixo podemos ver uma bandeira sendo tremulada de uma varanda cheia de pessoas. A foto, tirada de um ângulo baixo em comparação à varanda, mostra parte do céu, desse modo as cores do fundo, de maioria cinza-azulado, acabam por contrastar com as cores vibrantes da bandeira representante do movimento LGBTQIA+ centralizada na foto.


Descrição: A imagem retrata uma varanda na qual diversas pessoas se apoiam no parapeito, levemente descentralizada podemos ver uma bandeira LGBTQIA+ sendo agitada por alguém. Devido a fotografia foi tirada de um ângulo abaixo do nível da varanda vemos boa parte do céu nublado que, juntamente com a cor da varanda compõe uma imagem majoritariamente em tons azul claro e cinza.
Sofia Santoro

Foi em 25 de junho de 1978, Dia da Liberdade Gay nos Estados Unidos, que a bandeira gay, hoje símbolo da comunidade LGBTQIA+, foi vista nas ruas pela primeira vez.

A primeira versão, contendo 8 cores - rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta -, foi obra do artista e designer Gilbert Baker que buscava um símbolo que promovesse a ideia de diversidade e inclusão. Antes da década de 70, a comunidade gay utilizava um triângulo rosa como símbolo do movimento. A marca do triângulo rosa classificava homossexuais dentro dos campos de concentração no período da Alemanha Nazista.

Nesse sentido, é nítida a rápida aceitação e adesão da bandeira ao movimento, pois ela sugere uma história de representação e orgulho, pensada para incluir e não segregar. Um símbolo proposto com respeito e admiração, além de projetado por um integrante da comunidade.

Com o tempo, devido a dificuldade de se reproduzir a bandeira com tantas cores, as cores rosa e anil acabaram por serem retiradas da bandeira, mas esta ainda carrega o caráter de representação e respeito merecidos pela comunidade LGBTQIA+.

Pessoalmente, esta imagem me chama a atenção de diversas formas, tanto o contraste entre as cores da bandeira em relação ao fundo acinzentado, como o contraste de movimento. Se olharmos bem a imagem, percebemos que as pessoas apoiadas no parapeito parecem estar apertadas, sem muito espaço para se movimentar. Entretanto, a mão sem dono que tremula a bandeira parece ter todo o espaço necessário para tal movimentação.

Muitos não percebem a importância de bandeiras para movimentos político-sociais, mas o peso carregado pela simbologia e a rápida ligação feita entre esta e o movimento em si é de extrema relevância. As associações feitas são parte do movimento e é dessa forma que a bandeira acaba por se tornar um símbolo de liberdade amorosa, de respeito e aceitação.

É preciso valorizar e enaltecer nossas simbologias.


#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quarta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.


Links, Referências e Créditos



Como citar este artigo

COUTO, Sarah. Bandeira LGBTQIA+. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/06/bandeira-lgbtqia.html>. Publicado em: 27 de jul. de 2022. Acessado em: [informar data].


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