Daniel Protzner - Limites |
A luz visível é um tipo de radiação eletromagnética, cujo comprimento de onda se encontra num intervalo sensível a visão humana. Esse intervalo é formado pelas cores do arco-íris: violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. A luz branca é composta pela mistura equilibrada de todas as cores que compõem o espectro visível e é percebida como incolor. Mesmo que uma pequena variação na proporção entre as cores promova uma dominante cromática, a luz continua a ser percebida como incolor e, portanto, branca. Pois, o cérebro humano tende a perceber os objetos conhecidos como eles são. No entanto, a câmera fotográfica não é capaz de realizar a mesma operação. Para compensar a dominante cromática de uma luz branca é necessário ajustar o balanço de brancos da câmera.
A cor da luz solar varia ao longo do dia em razão da variação na maneira como suas componentes cromáticas são filtradas pela atmosfera. Assim, na alvorada e no crepúsculo ela apresenta uma cor mais azulada, no amanhecer e no entardecer, uma cor mais alaranjada e no restante do dia ela permanece branca.
No ensaio Limites, o fotógrafo Daniel Protzner, explora visualmente as fronteiras do município de Belo Horizonte. As fotografias foram tomadas no limiar entre a aurora e o amanhecer e entre o entardecer e o crepúsculo e exploram a riqueza de cores proporcionada pelas luzes destes períodos do dia.
Daniel Protzner - Limites |
Nesta fotografia, Protzner combina a gama variada de cores proporcionada pelo crepúsculo com o laranja da iluminação pública. Como o sol já está posto, a luz solar não incide diretamente sobre os objetos fotografados, permitindo combiná-la facilmente com a iluminação noturna da cidade.